Foto da ilha deserta - não é esta que eu vou!
"My idea of good company is the company of clever, well-informed people, who have a great deal of conversation".
Jane Austen, Persuasion, aqui.
"O meu conceito de boa companhia é estar acompanhada por pessoas inteligentes e bem-informadas, que saibam conversar."
Jane Austen, Persuasão, Trad. Fernanda Abreu, Zahar, p.172
A minha idéia de boa companhia é exatamente a mesma de Jane, então, como nestas férias eu vou para uma ilha (embora nada deserta), levarei comigo:
Esse é o livro do mês do meu querido clube de leitura, fiquei curiosíssima para conhecer este autor egípcio. Segundo o site da editora Cia. das Letras, o livro é inspirado no clássico As mil e uma noites, embora a narrativa se passe na Idade Média, numa cidade islâmica indeterminada. "Neste livro, o talentoso contador de histórias Mahfouz faz uma crítica convincente da sociedade em que viveu - as seitas religiosas que descreve lembram os atuais movimentos fundamentalistas islâmicos -, além de oferecer ao leitor um romance tão encantador e multicolorido quanto a obra que o inspirou."
Este faz parte do meu eterno levantamento da literatura contemporânea brasileira. Sinopse do site da editora Objetiva/Alfaguara - "Um jovem colecionador, formado na universidade e que manifesta tendências impulsivas, vê seu mundo gradualmente se desintegrar ao perder seu melhor amigo, André, que cometeu suicídio. Atormentado pela culpa de não ter sido capaz de salvá-lo e pelo remorso, ele empreende uma viagem, tanto mental como geográfica, para rememorar o sofrimento final do amigo e tentar entender o que poderia ter feito para salvá-lo."
Também fiquei curiosa, porque vivi de perto um caso de suicídio e acompanhei o sofrimento daqueles que sempre ficam pensando que poderiam ter feito ou dito algo que seria capaz de mudar uma decisão tão drástica. Como eu tenho uma opinião muito particular sobre esse assunto, gosto de saber o que outras pessoas pensam sobre o tema.
Calvino dispensa apresentações...um dos mais importantes e o mais traduzido escritor italiano do século XX, esse é um dos livros mais conhecidos dele e eu nunca li (aliás, recomendo vivamente Palomar e Cidades Invisíveis dele). Ler este livro trata-se de quitar uma dívida literária, portanto. Sinopse da editora aqui.
Como eu iria viajar sem Jane? Afinal, eu só li Persuasão três vezes. Além do meu romance favorito de Jane Austen, como eu já disse nesse blog inúmeras vezes, essa edição traz dois textos inéditos no Brasil: "Lady Susan" e "Jack e Alice". E a apresentação, vejam só, é de Ricardo Lísias (o mesmo de O céu dos suicidas), o que determina que eu lerei o seu romance com bons olhos, afinal, quem gosta E ENTENDE de Jane, bom sujeito é.
Particularmente, escrevi sobre Persuasão nos posts:
Persuasão, Jane Austen romântica?
Persuasão, o paraíso perdido de Jane Austen
O oponente: amor e posse em Jane Austen
O oponente: amor e posse em Jane Austen II
Alguém acha que não vou dar conta, fiquem sabendo que minha velocidade média de leitura é de 4 livros/mês (não sendo Guerra & Paz ou Anna Karenina, claro). Pode ser que o ritmo das férias seja diferente do que eu imagino e eu não consiga ler tudo, sem problemas. Mas, caso eu consiga e não tenha nada para me entreter nas mais de 24 horas de viagem na volta, já baixei o livro digital com as cartas de Jane Austen nesse site aqui, gratuitamente, em inglês, afinal, o que elas têm de sobra é "a great deal of conversation".