Zaide (Pumeza Matshikiza) e Gomatz (Andrew Goodwin)
Poucos compositores oferecem elementos biográficos tão dramáticos como Mozart (jovem prodígio, sucesso em vida, decadência e morte precoce) e me admiro muito de haver tão poucas cinebiografias deste personagem fascinante (Amadeus de Milus Forman, de 1984, ganhou 8 Oscar). Agora em junho deste ano, a britânica Classical Opera Company, dirigida por Ian Page, levou aos palcos Zaide, a ópera que Mozart deixou inacabada, completada por libretistas contratados e música de outras obras do próprio compositor. Fiquei tão curiosa que li as várias críticas que saíram nos principais jornais do mundo (a estréia foi dia 24 de junho) que, a despeito de apontar várias lacunas, destacaram obviamente a coragem de Page.
Aqui, algumas das resenhas publicadas no The Independent, Telegraph e matéria sobre a estréia no The Guardian (assinada pelo próprio libretista) e na edição britânica da Gramophone.
Zaide foi escrita por Mozart em 1780 sobre libreto de Johann Andreas Schachtner e é a única ópera do compositor que não foi resultado de uma encomenda. Ele abandonou Zaide para escrever Idomedeu e nunca mais retornou a ela, deixando 70 minutos de música. Embora há indícios de que haveria recitativos entre as músicas nenhum texto restou. A ópera foi encontrada por Constance Mozart, esposa do compositor, após a sua morte e foi publicada em 1838.
Apesar de todas as críticas, achei uma coisa linda o modo como foi encenada. Aqui pode-se ver as fotos da ópera:
Zaide - Classical Opera Company from Stephen Page on Vimeo.
Aqui, um vídeo institucional sobre a ópera:
Zaide - Pumeza Matshikiza
Gomatz - Andrew Goodwin
Soliman - Mark Le Brocq,
Perseda - Amy Freston,
Allazim - William Berger
Osmin - Simon Lobelson
Diretor Artístico e Regente - Ian Page
Libretistas - Michael Symmons Roberts, Ben Power e Melly Still
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